Se isso te tranquiliza, tenho atendido diversos pais e, pra maioria deles, está sendo bem desafiador fazer com que as crianças mantenham o foco nos estudos, mediante tantos estímulos e a desmotivação por causa do distanciamento físico das escolas e dos amigos.
De verdade, tudo o que aconteceu e, ainda, está acontecendo é muito novo para todos nós. E a pergunta que não quer calar é como estimular as crianças a estudarem em casa?
Todo o mundo está muito cansado e se sentindo inseguro. Digo isso, porque nosso emocional anda bastante abalado e confuso com tanta informação e mudança de hábitos.
Assim como muitos alunos, seus filhos devem ter recebido ou estar recebendo conteúdo da escola, para manter o ensino à distância, o híbrido ou o presencial, na tentativa de aproveitar o tempo em casa e dar continuidade aos estudos.
Além dos recursos tecnológicos, como uma boa conexão de internet, computadores, tabletes ou celulares são necessárias doses abundantes de paciência e uma boa gestão das emoções, tanto dos pais quanto das crianças. Mas como manter as crianças estimuladas e convencê-las de que a educação precisa ser continuada, para que o ano letivo não seja mais prejudicado do que já foi? Isso sem considerar a evasão escolar e a desigualdade de acesso à informação e aos recursos necessários para garantir a continuidade.
São perguntas que não sabemos como responder e geram muita angústia. Por tudo isso, pensei em algumas dicas que podem ser úteis aí na sua casa. Lá vão elas:
A primeira dica é horário: combine com a criança um horário para estudar, de preferência, o mais próximo do que ele mantinha com a escola, caso não tenha retomado o presencial em 100%. Não precisa, obrigatoriamente, colocar o despertador para acordar cedo ou cronometrar o tempo, mas manter uma proximidade da rotina fará bem ao organismo e ao relógio biológico e ainda vai garantir o ritmo da criança para o retorno.
A segunda dica é reforço: aproveite para revisar as matérias nas quais a criança tenha mais dúvidas. Essa revisão pode ser extremamente valiosa para o reforço do aprendizado. Uma dica extra é rever o conteúdo em outros formatos, como em vídeos, por exemplo. Você pode, ainda, pedir ela explicar o que aprendeu com suas próprias palavras. As crianças adoram saber que estão ensinando algo porque se sentem úteis!
Leitura é a terceira dica: reserve um tempo para a leitura. Ler um livro ou contar uma história que tenha relação com o conteúdo da escola será divertido e aumentará o vocabulário da criança, além de promover a tranquilidade dentro de casa. Pode ser um livro de histórias, aventuras... Tudo de acordo com a faixa etária da criança.
A quarta dica é propor atividades lúdicas: utilize desenhos e trabalhos manuais, para aumentar a criatividade infantil. Os jogos de tabuleiro do tipo banco imobiliário são excelentes para desenvolver o raciocínio, cálculos, habilidades como paciência, persistência e concentração, além de promover a integração dentro da família.
A quinta dica é a Internet: a criança pode fazer uso de vídeo aulas, filmes infantis ou pesquisas sobre conteúdo fornecido pelos professores. Há vários vídeos educacionais no YouTube que podem ser assistidos e que são muito úteis, despertando a curiosidade na criança. Mas atenção! Use com moderação e evite que a criança se mantenha conectada perto do horário de dormir, porque isso impede a desaceleração do cérebro e prejudica o sono. Além disso, você deve monitorar os acessos ao conteúdo e aos sites.
A sexta e última dica é grupos remotos de estudos: incentive a criação de grupos de estudos virtuais com os colegas de turma, para esclarecer dúvidas e aproveitar para matar a saudade. Hoje em dia, temos vários aplicativos gratuitos de chamadas de vídeo que ajudam a reduzir a distância.
Eu sei que você já deve ter feito várias tentativas e o meu objetivo é trazer um gás a mais pra você não desanimar e ter condições de motivar seus filhos de forma consciente! Além de contribuir com o aprendizado, o fluxo das atividades será menos tenso. E o melhor de tudo! De quebra, você terá a oportunidade de reforçar os laços e participar mais da vida deles.
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Não escolhemos a forma como fomos educados, mas podemos decidir como vamos educar nossos filhos. E você, qual a sua escolha?
Obrigada pela motivação pra ler o post e até o próximo!