É natural que a criança passe pelo processo de adaptação, quando inicia a transição alimentar, porque a criança tem seu tempo e pode estranhar sabores, texturas, cores, afinal, está acostumada a ingerir somente o leite materno.
Seguindo as orientações dos pediatras, o processo de introdução de alimentos pastosos e sólidos deve ser feito gradativa e simultaneamente ao nascimento dos primeiros dentinhos, de acordo com o cardápio infantil, contendo legumes, fibras, carnes, grãos, verduras e frutas.
O ideal é que os pais incentivem a experimentação e não pensem que, porque eles não gostam de um determinado alimento a criança também não gostará, porque o paladar da criança é único e não deverá ser definido tendo os pais como parâmetro. O importante é os pais ficarem atentos à quantidade e à qualidade nutricional dos alimentos.
E vejam que interessante!
Uma pesquisa realizada pelo instituto Max Planck, na Alemanha, revelou que 75% dos pais subestimam os níveis de açúcar dos alimentos consumidos pelos seus filhos. É minha gente, isso mesmo!! Os pais não têm ideia da quantidade de açúcar que um iogurte contém, por exemplo.
É bem provável que nós, pais brasileiros, também tenhamos a mesma percepção, seja por falta de informação nos rótulos dos produtos ou por desconhecimento sobre os males causados pelo açúcar.
Portanto, pais e responsáveis, fica aqui um ALERTA! O abuso de açúcar e de gorduras na infância pode levar a um adulto com problemas de saúde, como obesidade, diabetes e outras doenças.
Segundo os especialistas, a obesidade infantil, além do excesso de peso que prejudica as articulações e a mobilidade, pode causar distúrbios como ronco e apneia obstrutiva do sono, que é uma doença caracterizada por interrupções breves e repetidas da respiração ao dormir. Tais distúrbios levam ao cansaço, à irritação e à sonolência, prejudicando o desenvolvimento e o aprendizado infantil, além de baixar a imunidade da criança, deixando-a vulnerável a doenças cardiovasculares, como hipertensão.
Já a criança com diabetes vai apresentar alguns sintomas como cansaço, sonolência, muita sede e vontade de urinar com frequência. Esse desequilíbrio fica mais evidente, quando a criança não segue uma alimentação saudável.
Não estamos falando que a criança deva passar fome ou adote total restrição ao açúcar. Pelo contrário, a alimentação, nesse caso, deverá ser regrada, com horários controlados, para que não ocorra disfunção no metabolismo infantil.
Com o passar do tempo, os pequenos formarão suas escolhas alimentares. Mas há alguns casos em que as crianças resistem às refeições balanceadas e preferem comer outros tipos de alimentos não recomendados, como “fastfoods”, doces e amada batata frita.
Por tudo isso, vou dar quatro dicas pra te ajudar a driblar esse desafio de incentivar seus filhos à alimentação saudável.
A primeira dica é envolver a criança desde a escolha à preparação dos alimentos. Vá com ela às compras, mostre as verduras, deixe que ela toque e escolha pelo cheiro ou pela cor.
A segunda é criar senso de participação e utilidade. Você pode pedir ajuda para colocar ou retirar a mesa ou, ainda, guardar as compras.
Investir na criatividade é a terceira dica. Varie o cardápio e tire foto dos pratos, para depois brincar de identificar os alimentos que ela comeu. Além de lúdico é educativo.
A quarta dica é não obrigar a criança a comer, visando alguma recompensa ou ameaça. Ela vai registrar no cérebro um processo de troca que pode afetar seu comportamento adulto, quando tudo será usado como papel moeda e forma de compensação.
Convencer a criança a comer bem nem sempre é fácil, eu sei... passei por isso com a minha filha.
E gente os hábitos alimentares vão sendo formados, quando os filhos ainda são pequenos, por isso é importante que os pais deem uma ajudinha.
A alimentação inadequada na infância é uma das maiores preocupações dos pediatras, pois estamos formando futuros adultos com riscos de obesidade, diabetes, problemas cardíacos, sedentarismo e outras doenças. Portanto, pais estejam atentos! Busquem orientações e usem a criatividade!
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Sempre digo que não escolhemos a forma como fomos educados, mas podemos decidir como vamos educar nossos filhos. E você, qual a sua escolha?
Espero ter ajudado, obrigada pela leitura e até o próximo post!
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