A “adultescência” ocorre, quando uma pessoa já passou pela infância e pela adolescência, cronologicamente falando, mas não amadureceu emocionalmente. De forma simples, é uma mistura de um adulto com mentalidade de adolescente.
Vocês devem estar se perguntando em que fase da vida da pessoa se dá a “adultescência”? É quando a pessoa cumpre essas fases da infância e da adolescência, mas não se identifica como um adulto com autorresponsabilidade e autonomia, para gerir sua própria vida, porque não percorreu o caminho da construção da sua personalidade.
E por que isso acontece? É normal? Trata-se de uma doença ou um distúrbio? Sim, ocorre e não é uma doença.
O fato é que, alguns pais, sem perceber e na tentativa de proteger os filhos, acabam provocando esse tipo de comportamento, porque não permitem que seus filhos desenvolvam habilidades e competências, para serem aplicadas como recursos no decorrer da vida adulta.
Pais que agem dessa forma, geralmente, tiveram uma infância sofrida e com privações, e, por isso, tendem a criar um mundo “cor de rosa” para seus filhos, na tentativa de dar o melhor e proporcionar uma experiência de vida diferente da que eles tiveram.
Os pais mantêm a crença de que “poupar” os filhos fará com que eles não sofram frustrações é um engano e impede o desenvolvimento da inteligência emocional, deixando assim, levando as crianças, quando crescidas a ficarem estacionadas na “adultescência”.
Um estudo norte-americano da Universidade da Califórnia afirma que impedir que as crianças passem pela experiência do erro e do acerto é uma privação do processo cognitivo e de aprendizado infantil.
O resultado é que temos pessoas que permanecem na “adultescência”, que não conseguem caminhar sozinhas e ficam, eternamente, vivendo "sob a sombra e asas” dos pais.
Essa atitude se caracteriza pelo comportamento parental que chamo de “pais helicópteros” que são aqueles pais que sobrevoam a vida dos filhos com eterna vigilância, não permitindo que nada os atinja ou não saia como esperado.
Além disso, ditam todas as regras, gostos e comportamentos dos filhos como seu reflexo. São um grande “big brother parental” de olho 24 horas por dia.
Por isso, é importante que os filhos sejam educados com senso de autorresponsabilidade e realização, para que tenham condições de atuar de forma positiva, consciente e independente em suas vidas. As crianças precisam se sentir capazes e úteis, para se tornar protagonistas de suas vidas.
E você, como pai e mãe, já pensou sobre isso?
Você deve estar se perguntando se precisa estudar para ser pai ou ser mãe. Eu vou responder que pais não têm bola de cristal e não nascem prontos. Além disso, estudamos por várias razões: aprender um idioma, passar para a faculdade.
Por isso, eu acredito que é importante a gente se aprimorar e estou aqui pra apoiar pais, cuidadores, padrastos, padrinhos, avós, tios... No processo de educação consciente, desenvolvendo habilidades e competências, pra lidar com emoções e comportamentos, que tornem nossas relações mais leves com ganho de qualidade de vida.
Também sou mãe e vou caminhar junto com você nessa jornada!
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Não escolhemos a forma como fomos educados, mas podemos decidir como vamos educar nossos filhos. E você, qual a sua escolha?
Obrigada pela pausa e até o próximo post!
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