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Eletrônicos: vilões ou mocinhos?

Atualizado: 11 de jun. de 2021


Sabe quando você está em casa com tempo disponível e fica o tempo todo no celular...? Infelizmente, esse tem sido o comportamento da maioria dos pais. Não porque não estejam interessados em seus filhos, mas porque a tecnologia e os "smartphones" estão muito evoluídos e permitem quase tudo. Desde ao que, originalmente, foi o motivo de sua invenção que é realizar uma ligação, a uma operação financeira.


Percebo em bares, cinemas, teatro e até em reuniões de família, as pessoas utilizando o celular compulsivamente. Não conseguem permanecer minutos sem voltar os olhos para a tela e verificar se chegou alguma mensagem ou quantas curtidas receberam na rede social.  Para se ter uma ideia, de 2011 a 2017, o número de celulares em residências cresceu de 52% para 98%.


Resultado: o pouco tempo que os pais têm acaba sendo consumido por este recurso que, na verdade, existe para facilitar e tornar nossa vida mais ágil e dinâmica. Porém, o que os pais não percebem é que esta postura afasta e diminui a interação com as crianças e entre os pares. Se você age desta forma, preste atenção, pois seu filho pode estar sentindo sua falta. As crianças adoram brincar com os pais e inventar histórias e aventuras.


Recentemente, foi publicada uma pesquisa americana, no Vale do Silício, na Califórnia que trata sobre o comprometimento e danos causados ao desenvolvimento emocional e educacional de crianças até os 11 anos, com acesso irrestrito aos eletrônicos.

Lá, em Palo Alto, o uso de tecnologia não é permitido até a 4ª série primária. E isso não se restringe somente aos celulares. Vai além!


A pesquisa demonstra que o uso indiscriminado de tecnologia como celulares, calculadoras eletrônicas e “tablets”, por exemplo, pode distorcer a curva de aprendizado infantil. Os especialistas afirmam que a utilização excessiva de eletrônicos pode elevar os riscos de suicídio, depressão, ansiedade, problemas na visão e distúrbios do sono.

Isso mesmo!! A luz do celular ou do "tablet" penetra nos olhos e confunde o cérebro e o relógio biológico.


Outros estudos realizados pela da BBC Brasil afirmam que crianças que usam o celular antes de dormir podem presentar alguns distúrbios, tais como: riscos de obesidade, baixa imunidade, redução de crescimento e depressão. Noites mal dormidas afetam a estabilidade dos hormônios como: melatonina, leptina, cortisol e GH. Hormônios do sono, saciedade, emoções e imunidade e crescimento, respectivamente. O uso demorado do celular antes de dormir pode, ainda, deixar o cérebro em constante alerta prejudicar o processamento da memória, interromper a noite de sono várias vezes, afetar a concentração durante as aulas e alterar o comportamento da criança, entre outros.


O que fazer, então, para evitar tais danos? Seguem algumas estratégias:


Evitar deixar a criança usar o celular entre 30 minutos a 2 horas antes de dormir. Eu sei que é difícil, mas vocês podem tentar!!


Reduzir o brilho da tela. Alguns aparelhos possuem configurações programáveis para períodos noturnos.


Desligar os aparelhos em vez de somente silenciar, porque os alertas luminosos podem acordar a criança.


Um outro dado interessante é que 57% das crianças até os 5 anos de idade usam aplicativos, mas 14% não sabem arramar seus cadarços dos tênis.


Eu proponho aqui uma reflexão com você: quem manipula quem? Quem toma a decisão de ligar ou desligar o eletrônico? Somos nós que decidimos ou estamos “dominados” pelos equipamentos? Nós nos tornamos escravos da tecnologia? Um recurso cujo objetivo é libertar e aproximar as pessoas por meio da comunicação e do conhecimento tem sido usado como isolamento e prisão.


Como forma de compensar a ausência, muitos pais acabam investindo excessivamente em brinquedos ou outros bens de consumo e não percebem que a atenção dada aos seus filhos é o maior dos bens. Terceirizam integralmente a educação de seus filhos, trabalham fazendo horas extras em casa, respondendo e-mails pelo celular...


Mas como podemos reverter isso? Seguem algumas dicas para melhorar este cenário:


Mostre interesse pelo dia a dia da criança e peça para ela descrever como foi. Incentive o diálogo de uma forma divertida e leve.


Organize programas ao ar livre, como parques, caminhadas, praia, trilhas leves, jogar bola, andar de bicicleta, patins... O contato com a natureza faz bem para a mente e para o corpo.


Libere a sua criatividade e invente brincadeiras dentro de casa. Use jogos, conte histórias, leia um livro, crie artesanato, pratique cozinha infantil, monte uma peça de teatro... Cante e dance! A música é excelente para estimular o aprendizado da criança. Uma sessão pipoca vendo um desenho ou filme infantil vai aproximar vocês, além de acalmar os pequenos.


Converse sobre a internet e seu uso. Riscos e ganhos. Estejam conectados com seus filhos.


Denuncie “cyber crimes”. Isso vai ajudar a reduzir os perigos de utilização e proteger seus filhos.


No mais, seja o brinquedo dos seus filhos! Brinquem com eles!


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Não escolhemos a forma como fomos educados, mas podemos decidir como vamos educar nossos filhos. E aí, qual a sua escolha?


Obrigada, um abraço e até o próximo post!

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