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Como você reage quando seu filho faz birra?


A birra é uma forma da criança expressar alguma necessidade que não esteja sendo atendida ou algo fora da rotina.


Ela pode estar com fome, sede, ou cansaço ou pode ser algo que ela não queria fazer ou que deseje muito naquele momento.


Como a criança não sabe falar e, ainda, não tem o domínio das suas emoções, ela faz birra, gritando, chorando, se jogando no chão, dando aquele “show” que nós, pais, temos pavor.


Mas a birra, minha gente, faz parte do repertório das emoções infantis e é um comportamento adotado pelas crianças entre 1 a 4 anos, como forma de expressar seus sentimentos, emoções e vontades.


O que muitos pais não sabem é que a birra é uma das primeiras formas da criança demonstrar sua raiva ou descontentamento. Falando de uma forma mais científica, durante a birra, há o que os especialistas chamam de “sequestro da amígdala”.


O que a garganta tem a ver com a birra? Você pode perguntar!


Nesse caso, estou falando da amígdala cerebral é uma glândula localizada no nosso cérebro e é uma das estruturas neurais mais importantes, responsável pelas emoções básicas. Por isso, na hora exata da birra, a criança perde o controle e descarrega toda sua emoção e fúria por meio do choro, dos gritos e da agressividade.


Pode não parecer, mas podemos dizer que a birra é o início do desenvolvimento da inteligência emocional das crianças. Mesmo que a criança seja educada de forma amorosa, que seus pais sejam carinhosos e que o ambiente em que ela vive seja saudável, ela fará birra.


E vale a pena explicar que não existe um padrão de frequência, intensidade e prolongamento da birra. Tudo pode variar, porque nenhuma criança é igual à outra.


A birra pode se repetir várias vezes ao dia ou pode ser espaçada, durante a semana, por exemplo. Mas se seus filhos fazem birra mais de uma vez por dia ou com muita repetição, fiquem atentos! Não só eles, mas vocês, também, podem estar precisando de ajuda. Em relação à duração, também não existe um padrão, mas costumam ser rápidas.


Contudo, se os pais cedem à pressão, a criança começa a entender e perceber que tudo é uma questão de tempo para os pais se cansarem e, assim, atenderem suas vontades.


Falando sobre o prolongamento, normalmente, a birra não se arrasta por toda infância e vai até uns 4 anos, mas há casos em que a criança, mesmo depois de crescida, mantém esse tipo de comportamento com algumas variáveis, como por exemplo dando de ombros, batendo pé, fazendo bico, batendo portas, mas nesses casos a gente precisa de uma intervenção direcionada.


Alguns pais não sabem como agir e entendem a birra como uma simples pirraça e acabam piorando a situação para ambos os lados. Gritam, batem e ficam mais nervosos do que os filhos. Por isso, é bacana os pais estarem preparados, para lidar com a birra com gentileza e firmeza.


E por que isso é importante? Porque a frustração, quando não bem trabalhada na infância, pode, por exemplo, levar a criança a ser tornar um adolescente revoltado que pode buscar pelas drogas, como forma de compensação aos seus desejos não atendidos.


Uma coisa que não dá pra não falar é que, normalmente, os pais morrem de vergonha e se sentem forçados a ceder na hora da birra, pra fazer a criança se calar. O que a gente mais quer é sumir, desaparecer, escafeder-se! Por isso, se afastar com a criança e sair para um local reservado, para que não haja julgamento nem críticas de terceiros é uma ótima opção.


Embora pareça difícil, aproveitem porque esse pode ser um momento de aproximação e uma ótima oportunidade de aprendizado, investindo na educação emocional e construindo a personalidade da criança.


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Sempre digo que não escolhemos a forma como fomos educados, mas podemos decidir como vamos educar nossos filhos. E você, qual a sua escolha?


Obrigada por estar aqui e até o próximo post!

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