Me conta aqui um segredo... Você é ciumento ou ciumenta? E seu filho, por acaso é?
É inevitável e normal que as crianças sintam ciúmes. E elas podem sentir ciúmes em algum momento da infância. Por inúmeras razões e pode ser por alguma mudanças na estrutura da família, pela chegada de um irmãozinho, por não querer dividir a companhia de um determinado amiguinho que ela gosta muito ou emprestar um brinquedo, ou mesmo por estar passando por uma fase de privação de afetividade por parte de um dos pais. Porém, o primeiro ponto é reconhecer a emoção da criança e acolher.
Você como pai, mãe, cuidador ou educador pode ligar suas antenas, para captar e identificar se a criança está sentindo ciúme, por meio de comportamentos e atitudes adotados por ela.
E eu já vou dando uma dica super importante pra você! Nessa fase, não é recomendado brigar, criticar ou punir as crianças, porque a palavra-chave é acolhimento.
Mas o que é o ciúme na infância? É uma emoção gerada, quando a criança sente insegurança ou perda em relação a uma pessoa (pais, amigos, cuidadores ou a alguma coisa (brinquedos, objetos pessoais...). A intenção da criança é preservar aquilo ou quem ela pensa que está sendo ameaçado. E o ciúme pode gerar uma série de emoções ruins e comportamentos inadequados na criança como forma de chamar a atenção e na tentativa de se validar.
A criança pode demonstrar raiva, agressividade ou rebeldia. O choro excessivo, erros propositais, birras, tristeza, isolamento, regressão de comportamento como voltar a falar igual a um bebê também podem ser sinalizadores de que seu filho está tendo crises de ciúmes.
Gente, quando isso acontece, o mais importante é saber lidar com essa emoção e demonstrar para a criança que existe o compartilhamento saudável, sem risco. Dividir não significa perder ou reduzir o “sentido de posse” que ela mantém, mas aprender a socializar um objeto ou a atenção que ela recebe de alguém. Explicar para a criança que ela não está sendo abandonada e não está perdendo nada são necessários, pra que ela não fortaleça a crença de que está saindo perdedora ou em minoria. É importante ensinar pra criança que é possível dividir a atenção das pessoas ou as coisas com amor e respeito e, principalmente, mantendo a autoestima da criança elevada.
Isso tudo que estou falando não quer dizer que os pais devam aceitar os comportamentos inadequados dos seus filhos. Os pais não só podem como devem estabelecer regras claras e limites para a criança que são indicadores de até onde ela pode ir, mesmo no auge da emoção. Colocar fronteiras, como por exemplo, não permitir agressividade ou tratamentos rudes, durante as crises de ciúme, como bater ou morder. Querem um exemplo: um bebê precisa de um pouco mais de atenção do que uma criança maiorzinha, que já pode ir ganhando uma certa autonomia e isso pode ser explicado para seu filho mais velho.
Para finalizar, segue uma dica infalível:
Envolva a criança nos processos e nas escolhas, na tomada de decisão, na organização e planejamento das atividades da família. Por exemplo: peça ajuda nos cuidados com o irmão mais novo ou com o pet, apoio para organizar itens na dispensa, arrumar o armário...
Claro que você vai delegar tarefas condizentes com cada faixa etária do seu filho e que trarão cooperação, senso de pertencimento e de utilidade para a criança.
No mais meus queridos, expressar o amor é a forma mais garantida de reduzir o ciúme e fortalecer o vínculo com a criança.
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Não escolhemos a forma como fomos educados, mas podemos decidir como vamos educar nossos filhos. E você, qual a sua escolha?
Obrigada e até o próximo post!
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