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Como estabelecer limites


Até onde seu filho pode ir? Quais são as fronteiras que você pode e deve estabelecer com seus filhos?


Normalmente, quando falamos de limite, pensamos logo em proibição. Em não deixar nosso filho fazer isso ou aquilo, porque é perigoso, vai se machucar ou porque tal brincadeira faz bagunça na casa ou por qualquer outro motivo que esteja em desacordo com nossos desejos. Mas isso não é uma verdade absoluta, até porque sempre falo que não existe fórmula pronta pra educar nossos filhos.

O fato é que, sem perceber, criamos limites baseados em nossas crenças que nem sempre são válidas. Além disso, é importante ficar claro que colocar limites não é, obrigatoriamente, proibir. Limites podem e devem ser estabelecidos por meio de acordos em nossas relações e, principalmente, com nossos filhos e nossos pares.

Dentro da Disciplina Positiva, aprendemos que é possível definir limites, por meio de uma linguagem amorosa com gentileza e firmeza. 

E quando falo de limite, não estou me referindo à proibição pura e simplesmente, mas, também, às limitações básicas, que garantem saúde, segurança e bem-estar da criança e que são papéis e responsabilidades dos pais, enquanto educadores e responsáveis pelo processo de educação consciente e positivo.

Sempre explico nos meus conteúdos sobre como podemos educar usando a comunicação respeitosa com nossos filhos. É importante a gente saber que limitar não é proibir, mas estabelecer fronteiras até onde seu filho pode ir, ensinando, amorosamente, sobre o que pode ou não pode.

Os pais, como responsáveis por seus filhos, têm a autoridade parental (e não o autoritarismo) para interferir em comportamentos inadequados de seus filhos e na tomada de decisão.

Lembro que uma vez, quando minha filha era adolescente e tinha uma festa pra ela ir.

Havia alguns aspectos que não traziam segurança. Problemas de acesso ao local, a volta de madrugada, mas ela queria muito ir. Eu não estava confortável em deixar, mas não queria proibir, porque entendia que a festa seria animada e proibir nunca foi o meu estilo parental. Então começamos a conversar sobre "Ir ou não ir? Eis a questão!"


Avaliamos juntas os pontos e foi muito interessante porque ela mesma chegou à conclusão que não devia ir à festa. Que por mais animada que fosse, não compensava a exposição.

Mas o que me chamou mais a atenção naquele dia foi quando ela me contou que a mãe de uma amiga a deixava fazer tudo, que não colocava limite em nada pra ela e como essa permissividade excessiva passava uma mensagem de falta de amor e cuidado. Naquela hora, entendi como o limite é importante na formação dos nossos filhos. Eles precisam de limites para se sentirem amados e protegidos.

Uma dica muito potente e útil é usar a ferramenta “Regras e Combinados” da Disciplina Positiva, que pode ser aplicada, por exemplo, pra limitar o tempo de conexão à internet e jogos, estabelecer horários para estudo, criar rotinas de higiene ou organização do quarto.

Essa ferramenta pode ser aplicada em, praticamente, todas as situações do dia a dia, com respeito e parceria e com aquele 'toque de midas', envolvendo nossos filhos.

Lembrem-se de que você pai ou mãe exerce o pape de líder dos seus filhos e os verdadeiros líderes envolvem a equipe na tomada de decisão e isso, também, pode acontecer na relação com nossos filhos, porque além de respeitoso, amplia a conexão.

Existe um pensamento equivocado de que quem ama deixa tudo, na tentativa de agradar ao filho em todos os aspectos e, muitas vezes, proporcionar facilidades que não tivemos na nossa infância. Mas isso é o que eu chamo de “miopia parental”, porque como diz o ditado “quem ama cuida”, por isso, fazer uso do limite é uma atitude de amor e carinho pelos filhos, inclusive, para preservar a segurança e o bem-estar deles.

Gente, eu não estou falando que é pra superproteger e limitar todas as atitudes e comportamentos dos nossos filhos, não. É muito importante estimular e dar liberdade a eles, mas o ponto crucial é manter o equilíbrio entre os extremos.

Sabe quando você estica um elástico até o limite de expansão e ele acaba rompendo a fibra e perdendo a elasticidade? Então... é isso!

Quer saber mais como aplicar ferramentas da Disciplina Positiva, fale comigo!


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Não escolhemos a forma como fomos educados, mas podemos decidir como vamos educar nossos filhos. E você, qual será a sua escolha?


Um abraço e até o próximo artigo!

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